Natal, festa da partilha!
Chegamos ao final de mais um ano civil. É Natal! O nascimento de Jesus nos ensina a recuperarmos o que está no miolo do cristianismo: glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados!
Neste natal, festa da vida e da partilha por excelência, é bom que nos perguntemos: fomos capazes de fazer ao menos um gesto de caridade? Não para tranquilizar o coração – fiz minha parte! -, mas porque compreendemos que o menino que nasce nos ensina que, no fundo, Nele estamos todos nós. De fato, Jesus não nasce apenas nos nossos presépios: antes e sobretudo, Ele nasce em cada um de nós, de onde, no fundo, Ele nunca saiu.
Conta uma graciosa história que, no nascimento de Jesus, os pastores iam à gruta com vários dons. Cada um levava o que tinha, ora os frutos do seu trabalho, ora algo precioso. Mas, enquanto todos se prodigalizavam com generosidade, havia um pastor que não tinha nada. Era muito pobre. E enquanto todos se emulavam na apresentação dos seus dons, ele mantinha-se a parte, com vergonha. A dada altura, São José e Nossa Senhora sentiram dificuldade para receber todos os dons – eram tantos – , especialmente Maria que devia segurar nos braços o Menino. Então, vendo com as mãos vazias aquele pastor, pediu-lhe que se aproximasse e colocou-lhe Jesus nas mãos. Ao acolhê-Lo, aquele pastor deu-se conta de ter recebido aquilo que não merecia: ter nas mãos o maior dom da História. Olhou para as suas mãos, aquelas mãos que lhe pareciam sempre vazias: tornaram-se o berço de Deus. As mãos que nada tinham, de repente tiveram tudo! O pastor se sentiu amado e, superando a vergonha, começou a mostrar aos outros Jesus, porque não podia guardar para si o dom dos dons. Irmãos e irmãs, se também as suas mãos parecem vazias, certamente o Natal é sobretudo seu. Abra-se ao Senhor, novidade constante, e permita-se ser inundado pela Sua luz!
Um santo e feliz natal! Um abençoado 2024!