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A solenidade litúrgica de Maria, Mãe de Deus

Dando continuidade às formações preparadas pelos professores do nosso Instituto de Teologia São Miguel, publicamos hoje um texto do Pe. Lício de Araújo Vale, sobre a Solenidade de Maria, Mãe de Deus, celebrada no dia 1 de janeiro.

MAE.DEUS

No dia 1 de janeiro se celebra a solenidade de “ Maria, Mãe de Deus’. A celebração da Santíssima Mãe de Deus está inserida no Tempo do Natal, sendo a celebração solene de conclusão desta Oitava Litúrgica (oito dias intensos em que se celebra o Natal como um só dia). Nesta celebração, ganham destaque as expressões “o filho de Maria/Mulher” e o “Nome do Senhor”, este segundo em dupla perspectiva: primeiro Nome do Senhor (na perspectiva do Antigo Testamento) como presença e fonte da graça e em segundo (conforme o Novo Testamento), Deus que vem salvar seu povo.

Para a cultura judaica, o oitavo dia após o nascimento era conhecido como o dia da circuncisão e a inscrição do nome do recém-nascido: com este rito a criança tornava-se parte do povo eleito e recebia um nome que seria a expressão de sua missão junto a Aliança.

O significado do nome de Jesus, “ Deus salva”,  nos introduz de cheio no mistério do Cristo: da encarnação ao nascimento, à circuncisão,  até  a realização pascal da morte - ressurreição.

Destaca-se nesta solenidade o foco da liturgia que é a “Mulher”, particularmente a mulher como “Mãe”. E essa mulher e mãe é Maria Santíssima. São Paulo em sua carta aos Gálatas 4, 4 diz de Jesus: “…, mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei“, para indicar que, como um homem de Deus, necessariamente, tinha que ter uma mãe. Deus se fez carne por meio de Maria. É a grande demonstração de um Deus que nos amou e assumiu nossa humanidade, exceto o pecado. Aqui podemos observar que Maria aparece ligada ao mistério central da reconciliação. Esse relacionamento único é trazido com particular importância no momento da chegada de Deus na história humana, através da cooperação livre da Mulher, que é a Virgem Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Dessa forma, Maria nos une a Deus e às pessoas, os homens e as mulheres de boa vontade.

Ela é Mãe de Deus proclama a fé da Igreja.

Cronologicamente, o primeiro dos quatro dogmas marianos é o da maternidade divina de Maria. Desse dogma provém o sentido dos outros. A proclamação pública desta verdade de fé, presente na vida eclesial já muito antes das controvérsias teológicas sobre o tema, se deu no Concílio de Éfeso, no ano 431. Maria recebeu o nome de “Theotókos”, palavra grega que diz exatamente “Mãe de Deus”. Nesse concílio, o título de “Christotókos”, pregado pelos defensores da doutrina segundo a qual Maria não seria a Mãe do Cristo-Deus, mas apenas do Cristo-Homem, foi recusado e condenado, cedendo espaço ao título de Mãe de Deus.

A controvérsia teológica começou com as pregações do Patriarca de Constantinopla, Nestório. Em oposição franca e direta ao Patriarca de Constantinopla levantou-se o Patriarca de Alexandria, São Cirilo. Rapidamente os partidos foram se formando e a confusão na fé da Igreja começou a instalar-se ao ponto de o papa, em comunhão com os bispos convocar o Concílio de Éfeso, no intuito de dirimir a questão. No fundo, o que estava em jogo não era tanto o papel de Maria Santíssima na História da Salvação, mas sim as duas naturezas e as duas vontades de Cristo. Nesse caso, a Igreja  tinha que se  pronunciar, para evitar uma confusão doutrinaria a respeito da própria cristologia.

De acordo com o Concílio Vaticano II, “desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os perigos e necessidades”. ( Constituição Dogmática Lumem  Gentium, 66). Ao celebrarmos e proclamarmos Maria como Mãe de Deus, afirmamos que o Reino  de Deus já está no nosso meio, pois o dogma da maternidade divina nos assegura que o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.

Um outro elemento importante desta celebração é o desejo de “paz”, expresso na Antífona de Entrada pela citação de Isaías 9,  que destaca o “Príncipe da Paz” e também na primeira leitura onde a paz é expressa como fruto da bênção. É em nome de Maria, mãe de Deus e da humanidade , que se celebra no mundo inteiro o ‘dia da paz”. O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz, é comemorado em 1 de janeiro, tendo sido criado pelo papa Paulo VI em 1967.

Neste ano, o Papa Francisco, na sua mensagem para Dia Mundial da Paz, lembra da importância da cultura do cuidado: “Não há paz sem a cultura do cuidado. A cultura do cuidado, enquanto compromisso comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz. Em muitas partes do mundo, fazem falta percursos de paz que levem a cicatrizar as feridas, há necessidade de artesãos de paz prontos a gerar, com criatividade e ousadia, processos de cura e de um novo encontro".

Coloquemos sob a proteção da Mãe de Deus este novo ano que se inicia. Que a Mãe de Cristo nos ajude a construirmos um Brasil mais fraterno, mais justo, mais pacífico e solidário. Que a Mãe que todos nós, faça jorrar sobre as nossas vidas o vinho bom da cura da Covid-19, o vinho bom da saúde e da alegria, para que construtores aqui e agora da paz, sejamos todos herdeiros do Reino do Céus. Assim seja. Amém!

Um feliz e abençoado 2021 para você, para os seus, para sua Comunidade, para a humanidade inteira.

PROFESSOR3
Pe. Lício de Araujo Vale

Lecionará 'Liturgia' para a turma do 3º ano, no 1º semestre de 2021. É pároco da Paróquia da Sagrada Família, no setor Ponte Rasa, e coordenador do referido setor. É o cerimoniário do bispo diocesano e suicidólogo.

Referências:

BARAÚNA, G. A Santíssima Virgem a serviço da economia da salvação, p. 1161.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Para conhecer e amar Nossa Senhora. 4. ed. Aparecida: Santuário, 2005.
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Constituição Dogmática Lumen Gentium.
PAPA FRANCISCO. Mensagem para o dia Mundial da Paz de 2021.

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