Festa litúrgica do Beato José de Anchieta Catedral de São Miguel Arcanjo – 09/06/2010
A Associação Cultural Beato José de Anchieta, ligada à Diocese de São Miguel Paulista, organizou uma programação em honra do Beato José de Anchieta.
As atividades tiveram seu ponto alto na solene missa em honra do Beato José de Anchieta, no dia 09 de junho às 19h30, presidida pelo jesuíta Pe. César Augusto, postulador da causa de canonização de Anchieta.
O bispo diocesano, Dom Manuel Parrado Carral, impossibilitado de presidir a Eucaristia enviou aos presentes a mensagem abaixo transcrita:
Na impossibilidade de participar da celebração Eucarística em honra do Beato José de Anchieta, devido a outro compromisso pastoral, venho através desta mensagem saudar a todos os presentes e congratular-me com a Associação Cultural Beato José de Anchieta pela programação dessa semana em honra do Apóstolo do Brasil.
O Papa João Paulo II, em sua homilia de 03 de julho de 1980, em honra do então Bem-aventurado José de Anchieta, questionava: onde o Padre Anchieta hauriu a força para realizar tantas obras em uma vida toda consumida em prol dos outros? O segredo deste homem era a sua fé. Ele era um homem de Deus. Como São Paulo podia dizer “Sei em quem acreditei” (2Tm 1,12).
O Papa acrescenta: a profunda e ardente união com Deus, o apego vivo e afetuoso a Cristo crucificado e ressuscitado presente na Eucaristia e o terno amor a Maria constituem a fonte de onde jorra a riqueza da vida e da atividade de Anchieta, autêntico missionário, verdadeiro sacerdote.
Quando ainda não era sacerdote, comungava diariamente e visitava com assiduidade o Santíssimo Sacramento. Estando na aldeia de Ubatuba na missão de negociar com os índios Tamoios, tendo o Pe. Manoel da Nóbrega regressado a São Vicente, ficou sem a celebração da Santa Missa por cinco meses. Posteriormente escreve referindo-se a este período como um tempo de “fome da Sagrada Eucaristia”. Dava tempo às comunhões espirituais, à meditação para se fortalecer espiritualmente.
O Beato Pe. José de Anchieta pregava não só por palavras, mas pelo seu exemplo de vida. Quando acertou a paz com os índios Tamoios e ia partir, estes lamentavam a partida do “pajé branco que falava com Deus...”.
Meus irmãos e minhas irmãs, que a intercessão do Beato José de Anchieta, cuja devoção a São Miguel Arcanjo chegou até nós como precioso legado espiritual, alcance para nós a graça de viver com autenticidade a nossa fé, de sermos verdadeiros discípulos missionários superando, como ele, todas as dificuldades: “sem nos deixar intimidar pelas calmarias, tempestades, chuvas, correntezas espumantes e impetuosas dos rio, procuramos sem descanso visitar todas as aldeias e vilas.... “.
Beato José de Anchieta, rogai por nós!