A alegria do Papa Francisco e a força dos jovens se uniram
para mostrar a fé católica ao mundo

Nos últimos dias, os olhares da Igreja se voltaram para apenas um lugar: o Brasil. No dia 22 de julho, por volta das 16h, o Papa Francisco desembarcou na Base Aérea do Galeão, Rio de Janeiro, para participar da 27ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento atraiu jovens do mundo inteiro, que, com a alegria, o vigor e a espontaneidade próprias da juventude, mostraram ao mundo não só a alegria de ser jovem, mas também que a Igreja permanece viva e atuante em meio aos dramas e aos tramas da história.

Na terça-feira, dia 23, o arcebispo de São Sebastião, Dom Orani João Tempesta, presidiu a solene celebração eucarística de abertura da JMJ. Em sua homilia, ele acolheu os jovens e lembrou-lhes sua responsabilidade enquanto cristãos. “Somos chamados a ser protagonistas de um mundo novo. Tenho certeza de que vocês farão isso em suas cidades e em seus países. O mundo necessita de jovens como vocês”, disse o arcebispo. Quarta-feira os jovens participaram das catequeses, organizadas e distribuídas em mais de 400 locais da região metropolitana do Rio de Janeiro e presididas por bispos de diversos países.

Na quinta, os jovens acolheram ao Papa Francisco que, em suas primeiras palavras à juventude, trabalhou o grande tema da JMJ, Bote Fé. “Quando se prepara um bom prato e vê-se que falta o sal, você então bota o sal (...) Botar, ou seja, colocar, derramar... É assim também na nossa vida: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude (...), bote fé e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; bote esperança, e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; bote amor, e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você”, afirmou o papa, aclamado com saudações e gritos de alegria pela juventude.

Na sexta, os jovens acompanharam Jesus em seu caminho da cruz, que, tradicionalmente, é um dos momentos mais fortes da JMJ. A via-sacra contou com a participação de atores famosos, e os jogos de luzes, som e cores atraíram a atenção de todos os presentes. O Santo Padre marcou presença na cerimônia. “Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida”, comentou.

Sábado, durante o dia, os jovens tiveram a oportunidade de assistir a shows e apresentações de teatro. Devido às fortes chuvas, a vigília, que aconteceu à noite, não pôde ser realizada no Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba. O mau tempo, porém, não desanimou a juventude, e tampouco a Francisco, que realçou aos jovens que o fato também lhes servia de aprendizado. “Não estaria o Senhor querendo dizer-nos que o verdadeiro Campo da Fé não é o lugar geográfico, mas somos nós?”, afirmou. “Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor”.

No domingo, às 10h, o Papa presidiu a missa de encerramento da JMJ, que contou com a participação de mais de três milhões de jovens. O Santo Padre convidou a juventude a ir, sem medo, para servir. “Regressando a suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho”, incentivou. No fim da celebração, o Papa anunciou que a próxima JMJ será na Polônia, em 2016. À tarde, o Papa encontrou-se com os voluntários e, à noite, retornou ao Vaticano, agradecendo a hospitalidade e todo o carinho do povo brasileiro. “Um até breve com saudade. Não se esqueça de rezar por ele (o Papa). Esse papa precisa da oração de vocês”, concluiu. Pelo êxito da Jornada Mundial da Juventude e pelo vigor do Papa Francisco, bendito seja Deus para sempre! Amém.

Tiago Cosmo