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Homilia para a Celebração de Abertura da CF 2018

CATEDRAL SÃO MIGUEL ARCANJO –18/02/2018
Tema: Fraternidade e Superação da Violência
Lema: “Vós sois todos irmãos” ((Mt 23,8)

Meus irmãos e minhas irmãs, é com alegria que acolho a todos vocês que vieram de nossas comunidades e paróquias, a esta Igreja Mãe de nossa Diocese de São Miguel Paulista, para a tradicional celebração de abertura da Campanha da Fraternidade de 2018. Aqui viemos revestidos do espírito quaresmal que nos chama a seguir um caminho de oração, de jejum e de caridade iluminados pela Palavra de Deus que nos exorta: “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

A Campanha da Fraternidade deste ano se reveste de um significado muito importante, pois é celebrada no contexto do Ano Nacional do Laicato. O seu tema - Fraternidade e Superação da Violência, e o lema – “Vós sois todos irmãos”, complementam o tema e o lema do Ano Nacional do laicato que convoca a todos os cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’ a serviço do Reino, a serem ‘Sal da terra e luz do mundo’ (Mt 5,13-14).

“Vós sois todos irmãos”: viver esta fraternidade é testemunhar ao mundo a essência do Evangelho, pois, Deus é amor e aquele que vive o amor permanece em Deus e Deus permanece nele. São João em seu evangelho, nos capítulos 13 e 14 nos fala desta fraternidade que expressa nossa dignidade de filhos e filhas de Deus: Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos propõe como objetivo geral: “construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Para isso, somos convocados a “viver a prática de Jesus no exercício da escuta, da saída missionária, do acolhimento, do diálogo, do anúncio e da denúncia da violência na vida pessoal, familiar e social”.

A quaresma é um tempo propício para a busca dessas novas relações, pois, com a oração, o jejum e a caridade que praticamos em preparação à celebração do mistério pascal de Jesus Cristo na sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu, somos chamados a sermos homens e mulheres novos.

É necessário que a nossa fé nos leve a ter os olhos bem abertos às alegrias e às esperanças, mas também, às angústias e às tristezas do nosso povo. O nosso povo vê crescer, de forma assustadora, o índice da violência na vida familiar, no ambiente de trabalho e no trânsito. A violência doméstica atinge muitas mulheres, crianças e idosos. Crimes que julgávamos impossíveis de acontecer, são freqüentes nos noticiários e a violência acaba aparecendo como algo corriqueiro e normal em uma realidade de grande desigualdade social e de preconceitos. O cristão não pode se acomodar e achar que nada pode fazer diante desta triste realidade. Viver a fraternidade, testemunhar ao mundo que todos somos filhos e filhas de Deus, com atitudes concretas, é a melhor forma de denunciar a violência que aí está e de ser sal e luz no mundo.

De acordo com o texto base publicado pela CNBB, a Campanha da Fraternidade deste ano quer suscitar em toda a sociedade e em cada um de nós o compromisso de desenvolver a cultura da Paz e da Fraternidade: não somos adversários e sim irmãos.

“Em nossas ações pastorais, três preocupações inerentes ao anúncio por uma cultura de paz devem ser observadas: a fraternidade, a ternura e a compaixão.

A fraternidade porque a violência está presente entre os oprimidos e os opressores, ou seja, entre aqueles que são chamados a viver como irmãos. A ternura, porque todos, independentemente do lugar social em que se encontram, são convidados para a superação da violência. A compaixão, pois os cuidados com o anúncio não excluem a clareza do posicionamento do anunciador, ou seja, onde ele permanece quando o sofrimento do outro é maior do que o dele.”

A violência assim como a paz são comportamentos aprendidos pelos indivíduos e construídos pela sociedade. A violência não é intrínseca à natureza humana, como alguns querem supor. O ser humano nasceu para ser cordial e é nas atitudes e comportamentos de paz que ele se valoriza fazendo aflorar a sua dignidade. A repressão, embora necessária, não pode nem deve ser a proposta de solução para o problema da violência. Ela se mostra insuficiente e não tem conseguido resolver o problema.

A solução está na educação para a paz, para a harmonia entre as pessoas. Então, colocar a proposta da criação de uma cultura de paz de forma alguma é uma utopia impossível. A paz deve ser fortalecida e formada em diversas dimensões: pessoal, espiritual, social e ecológica.

Como essas dimensões se completam nas famílias, nas comunidades, nos diversos grupos sociais, nas fábricas e nos escritórios, no comércio, nas feiras e nas escolas? Principalmente a família e a escola devem valorizar e formar para a convivência pacífica, para a não-violência ativa e o respeito à vida e à sua dignidade. A paz é possível. A paz é anseio da humanidade, desejo profundo dos povos que percebem que a violência não é a melhor solução para a vida de ninguém que queira ser feliz e se realizar como ser humano.

Precisamos acreditar na paz para espalhar o entusiasmo por essa experiência de vida nova. A nossa sobrevivência depende da paz. A paz traz cooperação entre as pessoas, respeito às diferenças, solidariedade com os mais necessitados, misericórdia para a concessão do perdão, responsabilidade pelo coletivo e principalmente a alegria de se sentir seguro. As experiências podem ser simples. A Palavra de Deus nos mostra pessoas que são tocadas pela graça divina e se dedicam a buscar e a construir um mundo mais justo e fraterno. Tomaram consciência de qual era a vontade de Deus e se deixaram iluminar pela palavra do profeta que denuncia o erro e aponta a vontade de Deus. O Senhor diz palavras de paz. Para quem teme a Deus a injustiça ofende o Senhor e é pecado e fonte de violência.

Em Jesus Cristo, chamado Príncipe da Paz, Deus Pai manifesta a sua misericórdia. A prática salvadora de Jesus contempla a construção de relações de comunhão e fraternidade. A comunidade cristã, como comunidade de ressuscitados, tem a obrigação de aprender com o Mestre e dar testemunho ao mundo, com seu agir, de sua pertença a Jesus Cristo. O mistério da Cruz questiona todo ato de violência, pois, o justo pagou pelo injusto. O que não recebeu amor amou até o fim.

Os primeiros cristãos davam à fraternidade, à comunhão um grande apreço. Essa comunhão era manifestada em três dimensões:

A comunhão da Palavra que não só orientava a vida, mas, era um programa a ser vivido, uma luz que clareava o caminhar, a força para viver em comum o mistério da fé; 2. Tinham, também, um grande amor à Eucaristia, comunhão com o mistério pascal, que mais do que alimentar individualmente, alimentava o corpo místico de Cristo dando-lhe a possibilidade de se apresentar vivo no mundo; 3. Com a mesma intensidade das duas outras dimensões, amavam e viviam em comunhão fraterna. Mesmo numa situação de violência, como as perseguições, não deixaram escrito em nenhuma prisão uma só palavra de ódio, de rancor ou vingança. Sempre uma palavra de amor.

A Cultura de Paz, portanto, já se encontra presente, como semente, na convivência das pessoas de fé. Mas ela deve ser construída, ela é um processo, uma caminhada a ser feita e um aprendizado. Todas as organizações, que buscam construir uma sociedade melhor lutam pelos direitos das mulheres, das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos idosos, contra o racismo e o preconceito, em favor da natureza. São chamadas a empunhar a bandeira da justiça e da paz, transformando o coração e a vida de seus membros para transformar as relações entre as pessoas que buscam e usam seus préstimos.

Meus irmãos e minhas irmãs, quero encerrar a minha fala me colocando claramente ao lado de todos os que sofrem qualquer tipo de violência, de todas as vítimas inocentes, que devem ter nossa solidariedade.

Quero me colocar ao lado de quem produz violência para chamá-lo à conversão, para que descubra a alegria de ser salvo. Quero cobrar das instituições do Estado aquilo que temos direito: de sermos protegidos e de vivermos em segurança. Quero me colocar ao lado dos irmãos e das irmãs que compartilham comigo o temor a Deus e estão dispostos, como eu, a contribuir para a construção de uma Cultura de Paz.

Que a Virgem Maria, Nossa Senhora da Paz e São Miguel Arcanjo nos protejam e nos ajudem nessa caminhada em busca da verdadeira Paz!

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo


Dom Manuel Parrado Carral

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