Agosto: o mês das vocações
O mês de agosto, na Igreja, é dedicado às VOCAÇÕES. A palavra vocação é a união de duas palavras: provém, antes, do verbo latino vocare, que se traduz por chamar; acrescida, porém, da palavra ação. Vocação é, portanto, a ação de chamar. Para cada ação, naturalmente, há quem a realize, caso contrário ela permanece apenas uma ação. Note-se: uma coisa é dizer chamar; outra, Ele chama. No caso da palavra vocação, se estamos falando de uma ação de chamar, é óbvio que a iniciativa é do próprio Deus. Aliás, este é o sentido do texto de Lc 9,57-62: É SEMPRE O SENHOR QUEM CHAMA. Aqueles que se oferecem, quase sempre, impõem condições: Permite-me ir primeiro enterrar meu pai (v.59) ou Eu te seguirei, Senhor, mas permite-me primeiro despedir-me dos de minha casa (v.61). É claro que, aqui, as passagens são ilustrativas: não que Jesus não se importasse com o filho que perdera o pai ou com aquele que queria se despedir dos seus. Antes, Ele ensinava que, quando chama, nos quer por inteiro.
Fato é que a ação de chamar, do Senhor, é perene. Ele está sempre convidando e chamando muitos irmãos e irmãs para si. Aqui, é claro, não se trata apenas de vocações à vida religiosa e ao sacerdócio. Aliás, resumir o mês de agosto a essas duas vocações é até cometer reducionismo! A cada domingo se faz memória e se reza por uma vocação específica:
- o primeiro domingo é o dia das vocações aos ministérios ordenados. Essa comemoração está diretamente atrelada ao fato de celebrarmos, no dia 4 de agosto, a memória litúrgica de São João Maria Vianney, o Cura D'Ars, patrono dos padres; e, no dia 10 de agosto, o mártir São Lourenço, patrono dos diáconos. É sempre de suma importância rezar por todos os padres, para que sejam fiéis e perseverantes ao chamado que o Senhor os fez. Não se pode esquecer, é claro, de orar também por Dom Manuel Parrado Carral, nosso bispo diocesano, e pelo bispo de Roma, o Papa Francisco, para que não percam o ânimo e o vigor, apesar das dificuldades.
- o segundo domingo é dedicado à vocação matrimonial (=famílias), por ocasião do dia dos pais. Nunca deixe de rezar pela sua família e pelas famílias do mundo todo, lembrando-se sempre das que, infelizmente, por situações diversas, estão tristes, desanimadas ou desestruturadas. Há um canto que diz: Como é bom ter a minha família, como é bom...
- o terceiro domingo recorda a vocação à vida consagrada: religiosos e religiosas, consagrados e consagradas nos vários institutos e comunidades de vida apostólica, e também das novas comunidades. Esta data tem relação com a celebração da Assunção de Nossa Senhora, na qual a Igreja celebra o que ela mesma será um dia. Não deixemos de rezar por todas as comunidades religiosas, e de vida consagrada, que estão no território da Diocese; e de tantas vocações que estão em missão, espalhadas por este mundo, para que nunca desanimem.
- o quarto domingo comemora o dia do catequista que, em nossas comunidades, se consomem para ajudar as crianças, jovens e adultos a se aprofundarem nos mistérios de nossa fé e, sobretudo, a terem uma profunda experiência com Jesus Cristo. Lembremo-nos, neste dia, dos catequistas de nossa comunidade, de nossa paróquia e de nossa Diocese.
REZEMOS PELAS VOCAÇÕES NA IGREJA, lembrando-nos sempre que somos TODOS CHAMADOS, antes, À SANTIDADE, caminho para todo cristão. Sintamo-nos todos abraçados pelo Senhor e deixemo-nos envolver pelo Seu amor, para assim também espalharmos a caridade que emana de Seu coração manso e humilde.