Papa participará da nova edição do evento "Economia de Francisco"
Em setembro, nos dias 24 e 25, o Papa Francisco visitará as cidades de Assis e Matera, ambas na Itália, participando de dois eventos locais. Em Assis, o Santo Padre participará da nova edição do evento “Economia de Francisco” (chamada no Brasil de “Economia de Francisco e Clara”). Em Matera, estará na conclusão do Congresso Eucarístico Nacional.
O evento “Economia de Francisco”, promovido pelo Pontífice, une jovens economistas e empresários para uma nova visão da economia. No dia 24 de setembro, o Papa chegará a Assis por volta das 9h30 (hora local). Francisco terá um encontro com os jovens, caracterizado por um momento artístico teatral e pelas experiências contadas por oito jovens. Momento concluído pelo discurso do Papa e pela leitura e assinatura do Pacto entre Francisco e os jovens. No final da manhã, por volta do meio-dia, o retorno ao Vaticano.
Programação em Matera
No dia seguinte, 25 de setembro, o Papa estará em Matera, onde chegará de helicóptero por volta das 8h30 (hora local). Francisco receberá as boas-vindas do presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Matteo Maria Zuppi, e de outras autoridades locais, civis e religiosas.
Imediatamente depois, o Papa se encontrará com migrantes e refugiados na catedral para uma saudação. Outro ponto alto da jornada será a concelebração eucarística, presidida pelo Santo Padre, concluída com o Angelus. Antes de retornar ao Vaticano, Francisco visitará a Mesa da Fraternidade, em homenagem a Dom Giovanni Mele, que o Papa abençoará e inaugurará.
Economia de Francisco
A iniciativa faz parte de um grande processo internacional, iniciado pelo Papa Francisco, que tem por objetivo incentivar os jovens a criar, na teoria e na prática, novos modelos econômicos, mais humanos, solidários, inclusivos e com impactos socioambientais positivos – sob a luz do santo de Assis, que inspirou o nome do Papa.
Por terem um caráter prático e concreto, as iniciativas iluminadas pela “Economia de Francisco” frequentemente surgem como atividades do Terceiro Setor, onde a sociedade civil se organiza para resolver seus problemas. Seguindo as diretrizes sugeridas pelo próprio Pontífice, “Economia de Francisco” se autoidentifica como um processo, não como projeto, organização ou mesmo movimento. A ideia é ter uma realidade aberta, inspiradora e capaz de incluir as mais diferentes posições conceituais e propostas práticas.
Sendo assim, trata-se evidentemente de um processo que deseja se afastar de qualquer perspectiva partidária, procurando agregar e incentivar todos aqueles que se comprometem com a proposta original. Isso não retira a sua dimensão política, inerente a qualquer experiência de mudança socioeconômica, nem sua meta clara de trabalhar por uma economia voltada aos mais pobres e à conservação do meio ambiente.
Processo no Brasil
Estão abertas as inscrições para o 2º Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara, realizado pela Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara em parceria com a PUC Minas, que acontece nos dias 19 e 20 de novembro. O evento terá como tema territórios, coletividade e práticas econômicas alternativas. A proposta é que o evento seja um ponto convergente de forças a fim de avaliar os avanços da proposta de construção da Economia de Francisco e Clara no Brasil. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site economiadefranciscoeclara.com.br.
O evento, que será totalmente virtual, terá no sábado, 20, um encontro por grandes regiões, além de uma feira de boas práticas em que serão apresentadas diversas experiências como os Bancos Comunitários (Rede Brasileira de Bancos Comunitários) e Moedas Sociais e Agroecologia e Soberania Alimentar (ANA – economia agrourbana).
Durante o 2º Encontro Nacional a intenção é de firmar uma carta-compromisso que envolva as entidades nacionais e seus interesses de articulação em torno de economias transformadoras. O evento é uma realização da Articulação Brasileira para a Economia de Francisco e Clara (ABEFC) em parceria com o Grupo de Trabalho e Reflexão para a Economia de Francisco e Clara da PUC Minas.
Fonte: CNBB