Diocese abre Campanha da Fraternidade 2024
Imagens: Vinicius Rocha, Pascom Diocesana
Na tarde do primeiro domingo da quaresma, 18 de fevereiro, foi aberta oficialmente na diocese de São Miguel Paulista a Campanha da Fraternidade 2024, que tem como tema Fraternidade e Amizade Social e o lema Vós sois todos irmãos e irmãs (Mt 23,8).
Em comunhão com a Carta Encíclica Fratelli Tutti, do papa Francisco, inspirada pela vida de São Francisco de Assis, a CF 2024 busca fazer um caminho quaresmal em três perspectivas: primeiro, incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade dos filhos de Deus; segundo, impulsionar as pessoas a iluminar-se pelo evangelho que as une como família e, terceiro, a agir conforme a proposta quaresmal, de uma conversão constante, promovendo o esforço para uma mudança pessoal e comunitária.
Dom Algacir Munhak, cs, bispo diocesano, presidiu a celebração, lembrando que a CF tem clara consciência de ser uma campanha quaresmal que, inclusive, neste ano celebra 60 anos de história. A abertura contou também com a presença do bispo emérito, Dom Manuel Parrado Carral, de diversos padres, dos diáconos, seminaristas, agentes de pastorais, religiosos e religiosas e de algumas autoridades politicas.
Como passar pelas nossas comunidades e não perceber, em alguns ambientes, a pobreza latente, a falta de moradia digna, os alagamentos, os bens conseguidos a duras penas jogados nas caçambas de lixos ou nas berradas das ruas: ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO? É Deus quem pergunta", disse Dom Algacir. O bispo também lembrou dos bens feitos pelas pessoas de nossas comunidades, como o bazar, que arrecada dinheiro para compra de cestas básicas para os mais necessitados. "Somos todos filhos e filhas de Deus, que ama a todos e não fica feliz e honrado quando os filhos entre si vivem brigando ou se desprezam ou fazem violência. A fraternidade é expressão de fé e de amor a Deus e ao próximo”.
Por fim, dom Algacir motivou a todos os presentes a não aceitar mais o clima social cada vez mais envenenado e orientado por atos de violência, embates políticos e difamações no uso da religião para as coisas que não são de Deus, no acirramento do ódio que mata a fraternidade e a amizade entre as pessoas. “Não podemos ser felizes contra e sem os outros”, já dizia Bento XVI.
Texto: Jefferson Souza, Pascom Diocesana