Segunda sessão do Sínodo se realiza de 2 a 27 de outubro
Uma coletiva de imprensa realizada no dia 16 de setembro apresentou os trabalhos para o período, que serão orientados pelo Instrumentum Laboris (IL), documento de trabalho publicado no início de julho, inclusive em português.
O documento – estruturado em cinco partes – não oferece nenhuma “resposta pré-fabricada”, mas sim “indicações e propostas” sobre como a Igreja, como um todo, pode responder “à necessidade de ser ‘sinodal em missão’”, ou seja, uma Igreja mais próxima das pessoas, menos burocrática, que seja casa e família de Deus, na qual todos os batizados sejam corresponsáveis e participem de sua vida na distinção de seus diferentes ministérios e papéis.
Programação
A segunda sessão, assim como a primeira, será precedida por dois dias de retiro espiritual, que acontecerá no Vaticano. “Esperamos repetir a mesma experiência intensa do ano passado, que foi unanimemente apreciada pelos participantes no Sínodo”, disse o cardeal Mario Grech, secretário-geral da Secretaria do Sínodo, na coletiva de imprensa.
Uma novidade, em relação a 2023, é a vigília penitencial que concluirá o retiro de dois dias. Esta vigília acontecerá na noite de terça-feira, 1º de outubro, na Basílica de São Pedro e será presidida pelo Papa Francisco. O evento, organizado conjuntamente pela Secretaria Geral do Sínodo e pela diocese de Roma, em colaboração com a União dos Superiores Gerais e a União Internacional dos Superiores Gerais, estará aberto à participação de todos, especialmente dos jovens.
Além disso, na noite de sexta-feira, 11 de outubro, também este ano se repetirá a experiência de uma oração ecumênica, juntamente com o Santo Padre, os Delegados Fraternos presentes na Sala do Sínodo (cujo número foi significativamente aumentado de 12 para 16) e vários outros representantes de Igrejas e Comunidades eclesiais presentes em Roma.
Já em preparação para a fase final da Assembleia, na segunda-feira, 21 de outubro, será dedicado a um dia de retiro espiritual.
“Será uma espécie de pit-stop, para implorar ao Senhor por seus dons em vista do discernimento sobre o rascunho do Documento Final. Como se vê, há uma alternância de momentos de oração pessoal, de diálogo e de comunhão entre nós, de comunhão fraterna na escuta e de amor recíproco e de comunhão na oração”, explica o cardeal Mario.
Participantes
A lista de participantes na segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos não apresenta grandes alterações em relação à lista de participantes na primeira sessão. Está dividido em membros (ou seja, aqueles que têm direito de voto) que estão organizados, como habitualmente, de acordo com o título de participação (ou seja, membros ex officio, ex designatione e ex electione); convidados especiais e outros participantes.
São os delegados brasileiros:
– Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ)
– Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP);
– Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus (AM);
– Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, bispo de Camaçari (BA);
– Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF).
Outros brasileiros no Sínodo:
– Cardeal Sergio da Rocha, como membro do Conselho Ordinário;
– Cardeal João Braz de Aviz, como prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica;
– Padre Adelson Araújo dos Santos, entre os especialistas e facilitadores;
– Padre Agenor Brighenti, entre os especialistas e facilitadores;
– Padre Miguel de Oliveira Martins Filho, entre os especialistas e facilitadores;
– Dom Jaime Spengler, pela presidência do Conselho Episcopal Latino Americano e
Caribenho (Celam);
– Maria Cristina dos Anjos da Conceição, da Cáritas Brasileira, entidade de promoção e
atuação social que trabalha na defesa dos direitos humano, segurança alimentar e
desenvolvimento sustentável;
– Sônia Gomes de Oliveira, presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, organismo
de articulação, organização e representação dos cristãos leigos e leigas.