Diocese de São Miguel Paulista Diocese de São Miguel Paulista
  • Diocese
    • Histórico
    • Informações Gerais
    • Governo Diocesano
  • Paróquias
    • Lista de Paróquias
    • Região Episcopal
    • Data de Criação
  • Nossos bispos
  • Jornal Voz Diocesana
  • Notícias

Catequese do Papa

Diocese de São Miguel Paulista Diocese de São Miguel Paulista
  • Diocese
    • Histórico
    • Informações Gerais
    • Governo Diocesano
  • Paróquias
    • Lista de Paróquias
    • Região Episcopal
    • Data de Criação
  • Nossos bispos
  • Jornal Voz Diocesana
  • Notícias
  1. Você está aqui:  
  2. Página Principal
  3. Subsídios Pastorais
  4. Catequeses do Papa
  5. 2018
  6. Audiência Geral de 20 de junho de 2018

Audiência Geral de 20 de junho de 2018

papa francisco2017PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Praça São Pedro
Quarta-feira, 20 de junho de 2018

[Multimídia]

Catequese sobre os Mandamentos - 2

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Esta audiência realiza-se em dois lugares: nós, aqui na praça; e na sala Paulo VI há mais de 200 doentes, que acompanham a audiência através do grande ecrã. Todos juntos formamos uma comunidade. Saudemos com um aplauso quantos estão na Sala.

Na quarta-feira passada demos início a um novo ciclo de catequeses sobre os mandamentos. Vimos que o Senhor Jesus não veio para abolir a Lei, mas para a cumprir. Contudo, devemos entender melhor esta perspetiva.

Na Bíblia, os mandamentos não vivem por si sós, mas fazem parte de um relacionamento, de uma relação. O Senhor Jesus não veio para abolir a Lei, mas para a cumprir. Existe esta relação da Aliança[1] entre Deus e o seu Povo. No início do capítulo 20 do livro do Êxodo lemos — e isto é importante — «Deus pronunciou todas estas palavras» (v. 1).

Parece uma abertura como outras, mas na Bíblia nada é banal. O texto não diz: “Deus pronunciou estes mandamentos”, mas «estas palavras». A tradição judaica chamará sempre ao Decálogo “as dez Palavras”. E o termo “decálogo” quer dizer exatamente isto.[2] Contudo, têm forma de leis, objetivamente são mandamentos. Portanto, por que o Autor sagrado usa, precisamente aqui, o termo “dez palavras”? Por que não diz “dez mandamentos”?

Que diferença existe entre um comando e uma palavra? O comando é uma comunicação que não requer o diálogo. A palavra, ao contrário, é o meio essencial do relacionamento como diálogo. Deus Pai cria por meio da sua palavra, e o seu Filho é a Palavra que se fez carne. O amor alimenta-se de palavras,como também a educação, ou a colaboração. Duas pessoas que não se amam, não conseguem comunicar-se. Quando alguém fala ao nosso coração, a nossa solidão acaba. Recebe uma palavra, verifica-se a comunicação, e os mandamentos são palavras de Deus: Deus comunica-se nestas dez Palavras e aguarda a nossa resposta.

Uma coisa é receber uma ordem, outra coisa é sentir que alguém procura falar connosco. Um diálogo é muito mais que a comunicação de uma verdade. Eu posso dizer-vos: “Hoje é o último dia de primavera, primavera quente, mas hoje é o último dia”. Esta é uma verdade, não um diálogo. Mas se eu vos disser: “Que pensais desta primavera?”, começo um diálogo. Os mandamentos são um diálogo. A comunicação realiza-se pelo prazer de falar e pelo bem concreto que se comunica entre aqueles que se amam por meio das palavras. É um bem que não consiste em coisas, mas nas próprias pessoas que doam reciprocamente no diálogo (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 142).

Mas esta diferença não é algo artificial. Vejamos o que aconteceu no início. O tentador, o diabo, quer enganar o homem e a mulher neste ponto: quer convencê-los de que Deus lhes proibiu comer o fruto da árvore do bem e do mal, para os manter submissos. O desafio consiste exatamente nisto: a primeira norma que Deus ofereceu ao homem foi a imposição de um déspota que proíbe e obriga, ou foi o esmero de um pai que cuida dos seus filhos e os protege contra a autodestruição? É uma palavra, ou um comando? A mais trágica das várias mentiras que a serpente diz a Eva é a sugestão de uma divindade invejosa — “Mas não, Deus é invejoso de vós” — de uma divindade possessiva — “Deus não quer que tenhais liberdade”. Os acontecimentos demonstram dramaticamente que a serpente mentiu (cf. Gn 2, 16-17; 3, 4-5), levando a crer que uma palavra de amor fosse uma ordem.

O homem está diante desta encruzilhada: Deus impõe-me as coisas, ou cuida de mim? Os seus mandamentos são apenas uma lei, ou contêm uma palavra, para cuidar de mim? Deus é patrão ou Pai? Deus é Pai: nunca vos esqueçais disto! Até nas situações mais negativas, pensai que temos um Pai que ama todos nós. Somos vassalos ou filhos? Este combate, dentro e fora de nós, apresenta-se continuamente: temos que escolher muitas vezes entre uma mentalidade de escravos e uma mentalidade de filhos. A ordem é do patrão, a palavra é do Pai.

O Espírito Santo é um Espírito de filhos, é o Espírito de Jesus. Um espírito de escravos não pode deixar de receber a Lei de modo opressivo, e pode produzir dois resultados opostos: ou uma vida feita de deveres e de obrigações, ou então uma reação violenta de rejeição. Todo o Cristianismo é a passagem da letra da Lei para o Espírito que vivifica (cf. 2 Cor 3, 6-17). Jesus é a Palavra do Pai, não a condenação do Pai. Jesus veio para salvar com a sua Palavra, não para nos condenar.

Vê-se quando um homem ou uma mulher viveram ou não esta passagem. As pessoas dão-se conta quando o cristão raciocina como filho ou como escravo. E nós mesmos recordamos que os nossos educadores cuidaram de nós como pais e mães, ou se somente nos impuseram regras. Os mandamentos são o caminho para a liberdade, porque constituem a palavra do pai que nos liberta neste caminho.

O mundo não tem necessidade de legalismo, mas de cuidado. Precisa de cristãos com coração de filhos.[3] Há necessidade de cristãos com coração de filhos: não vos esqueçais disto!


[1] O cap. 20 do livro do Êxodo é precedido pela oferta da Aliança, no cap. 19, onde é central o pronunciamento: «Agora, pois, se obedecerdes à minha voz e guardardes a minha aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos. Toda a terra é minha, mas para mim vós sereis um reino de sacerdotes, uma nação consagrada» (Êx 19, 5-6). Esta terminologia encontra uma síntese emblemática em Lv 26, 12: «Caminharei no meio de vós: serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo» e chegará até ao nome prenunciado do Messias, em Isaías 7, 14 ou seja, Emanuel, que leva a Mateus: «Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que se chamará Emanuel, que significa: “Deus conosco”» (Mt 1, 23). Tudo isto indica a natureza essencialmente relacional da fé judaica e, ao máximo grau, da fé cristã.

[2] Cf. também Êx 34, 28b: «E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras».

[3] Cf. João Paulo II, Carta Enc. Veritatis splendor, 12: «O dom do Decálogo é promessa e sinal da Nova Aliança, quando a lei for nova e definitivamente escrita no coração do homem (cf. Jr 31, 31-34), substituindo a lei do pecado, que aquele coração tinha deturpado (cf. Jr 17, 1). Então será dado “um coração novo”, porque nele habitará “um espírito novo”, o Espírito de Deus (cf. Ez 36, 24-28)».


Saudações

Saúdo com alegria os peregrinos provenientes dos países de língua alemã. O Decálogo dos mandamentos é dom da aliança de Deus com nós, homens. Vivamos como filhos a nossa relação com o Senhor, seguindo a sua palavra e o Espírito Santo que dá vida. Rezai por mim e pela peregrinação ecuménica que amanhã farei a Genebra. Que o Senhor vos proteja, a vós e aos vossos entes queridos.

Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, com menção particular dos fiéis da paróquia Nossa Senhora Medianeira, do Paraná, e desejo que possais viver e crescer na amizade com Deus Pai, deixando que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos!

Dirijo um pensamento especial aos jovens, aos idosos, aos doentes e aos recém-casados. No mês de junho, a piedade popular leva-nos a rezar com mais fervor ao Sagrado Coração de Jesus. Aquele Coração Misericordioso vos ensine a amar sem nada pedir em troca, e vos ampare nas escolhas mais difíceis da vida. Orai a Ele também por mim e pelo meu ministério, mas inclusive por todos os sacerdotes, para que revigore a sua fidelidade à chamada do Senhor.

© Copyright - Libreria Editrice Vaticana

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Navegação

  • Subsídios Pastorais
    • Catequeses de formação
    • Catequeses do Papa
      • 2024
      • 2023
      • 2022
      • 2021
      • 2020
      • 2019
      • 2018
      • 2017
      • 2016
      • 2015
      • 2014
      • 2013
      • 2012
      • 2011
      • 2010
  • Caminhada da Ressurreição
  • Jornada Mundial da Juventude
    • 2013
    • 2012
    • 2011
  • Mensagem do Bispo
    • Arquivo 2022
    • Arquivo 2021
    • Arquivo 2020
    • Arquivo 2019
    • Arquivo 2018
    • Arquivo 2017
    • Arquivo 2016
    • Arquivo 2015
    • Arquivo 2014
    • Arquivo 2013
    • Arquivo 2012
    • Arquivo 2011
    • Arquivo 2010
  • Arquivo de notícias
    • 2024
    • 2023
    • 2022
    • 2021
    • 2020
    • 2019
    • 2018
    • 2017
    • 2016
    • 2015
    • 2014
    • 2013
    • 2012
    • 2011
    • 2010
  • Arquivos Catequeses do Papa
    • 2024
    • 2023
    • 2022
    • 2021
    • 2020
    • 2019
    • 2018
    • 2017
    • 2016
    • 2015
    • 2014
    • 2013
    • 2012
    • 2011
    • 2010
  • Arquivos Voz Diocesana
  • Santuários
  • Instituto de Teologia
  • Congregações
    • Masculinas
    • Femininas
  • Escolas Católicas
  • Acervo Fotográfico
  • Biblia Sagrada CNBB
    • Antigo Testamento
    • Novo Testamento
Diocese São Miguel

Basílica da Penha

  • Primórdios Históricos
  • Criação da Paróquia
  • Santuário Nossa Senhora
  • Jubileu de Prata
  • Devocionário de N. S. da Penha
  • Programação da Basílica

Listas e acervos

  • Arquivo de notícias
  • Arquivos Voz Diocesana
  • Acervo Fotográfico
  • Santuários 
  • Escolas Católicas

Biblia Sagrada CNBB

  • Antigo Testamento
  • Novo Testamento

Congregações

  • Masculinas
  • Femininas

Copyright © 2025 – Diocese São Miguel Paulista. Todos os direitos reservados.
Praça Pe. Aleixo Monteiro Mafra, 11 – fundos - CEP. 08011-010 – São Miguel Paulista – SP
Acompanhe-nos: Instagram  |  Facebook