Diocese de São Miguel Paulista Diocese de São Miguel Paulista
  • Diocese
    • Histórico
    • Informações Gerais
    • Governo Diocesano
  • Paróquias
    • Lista de Paróquias
    • Região Episcopal
    • Data de Criação
  • Nossos bispos
  • Jornal Voz Diocesana
  • Notícias

Catequese do Papa

Diocese de São Miguel Paulista Diocese de São Miguel Paulista
  • Diocese
    • Histórico
    • Informações Gerais
    • Governo Diocesano
  • Paróquias
    • Lista de Paróquias
    • Região Episcopal
    • Data de Criação
  • Nossos bispos
  • Jornal Voz Diocesana
  • Notícias
  1. Você está aqui:  
  2. Página Principal
  3. Subsídios Pastorais
  4. Catequeses do Papa
  5. 2023
  6. Audiência Geral de 22 de fevereiro de 2023

Audiência Geral de 22 de fevereiro de 2023

papa francescoPAPA FRANCISCO

Sala Paulo VI

Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

[Multimídia]

Catequeses. A paixão pela evangelização: o zelo apostólico do crente - 5. O protagonista do anúncio: o Espírito Santo

Estimados irmãos e irmãs, bom dia e bem-vindos!

No nosso itinerário de catequeses sobre a paixão de evangelizar, hoje recomeçamos pelas palavras de Jesus que ouvimos: «Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). Ide, diz o Ressuscitado, não para doutrinar, nem para fazer prosélitos, não, mas para fazer discípulos, ou seja, para oferecer a cada um a possibilidade de entrar em contacto com Jesus, de o conhecer e de o amar livremente. Ide, batizando: batizar significa imergir e, portanto, antes de indicar uma ação litúrgica, exprime uma ação vital: imergir a própria vida no Pai, no Filho, no Espírito Santo; experimentar todos os dias a alegria da presença de Deus que está próximo de nós como Pai, como Irmão, como Espírito que age em nós, no nosso próprio espírito. Batizar significa imergir-se na Trindade.

Quando Jesus diz aos seus discípulos - e também a nós – “Ide!”, não comunica apenas uma palavra. Não! Comunica, ao mesmo tempo, o Espírito Santo, pois só graças a Ele, ao Espírito Santo, podemos receber a missão de Cristo e cumpri-la (cf. Jo 20, 21-22). Com efeito, os Apóstolos permanecem fechados no Cenáculo, com medo, enquanto não chega o dia de Pentecostes e desce sobre eles o Espírito Santo (cf. At 2, 1-13). E naquele momento desaparece o temor e com a sua força aqueles pescadores, na sua maioria iletrados, mudarão o mundo. “Mas se não soubem falar...”. Mas é a palavra do Espírito, a força do Espírito que os leva em frente para mudar o mundo.  Portanto, o anúncio do Evangelho só se realiza na força do Espírito, que precede os missionários e prepara o coração: Ele é “o motor da evangelização”.

Descobrimo-lo nos Atos dos Apóstolos, onde em cada página vemos que o protagonista do anúncio não é Pedro, Paulo, Estêvão ou Filipe, mas o Espírito Santo. Ainda nos Atos, narra-se um momento nevrálgico dos primórdios da Igreja, que também nos pode dizer muito. Nessa época, como hoje, com as consolações não faltavam tribulações - momentos bons e momentos menos bons – as alegrias eram acompanhadas por preocupações, ambas as coisas. Uma em particular: como se comportar com os pagãos que chegavam à fé, com quantos não pertenciam ao povo hebreu, por exemplo. Eram ou não obrigados a observar as prescrições da Lei mosaica? Não se tratava de uma questão de pouca importância para aquele povo. Assim, formam-se dois grupos, entre aqueles que consideravam a observância da Lei indispensável e quem não. Para discernir, os Apóstolos reúnem-se no que se chama o “Concílio de Jerusalém”, o primeiro da história. Como resolver o dilema? Ter-se-ia podido procurar um bom compromisso entre tradição e inovação: algumas normas observam-se, outras deixam-se de lado. Contudo, os Apóstolos não seguem esta sabedoria humana para procurar um equilíbrio diplomático entre uma e outra, não seguem isto, mas adaptam-se à obra do Espírito, que os tinha antecipado, descendo sobre os pagãos como sobre eles.

Portanto, eliminando quase todas as obrigações ligadas à Lei, comunicam as decisões finais, tomadas – e escrevem assim - «pelo Espírito Santo e por nós» (cf. At 15, 28) saiu esta, o Espírito Santo connosco, assim agem sempre os Apóstolos. Juntos, sem se dividir, não obstante as diferentes sensibilidades e opiniões, põem-se à escuta do Espírito. E Ele ensina algo, válido até hoje: cada tradição religiosa é útil, se facilitar o encontro com Jesus, cada tradição religiosa é útil se agilizar o encontro com Jesus. Poderíamos dizer que a decisão histórica do primeiro Concílio, do qual também nós nos beneficiamos, foi movida por um princípio, o princípio do anúncio: tudo na Igreja deve conformar-se com as exigências do anúncio do Evangelho; não com as opiniões dos conservadores ou dos progressistas, mas com o facto de que Jesus alcance a vida das pessoas. Por conseguinte, cada escolha, cada uso, cada estrutura e cada tradição devem ser avaliados na medida em que favorecerem o anúncio de Cristo. Quando se encontram decisões na Igreja, por exemplo, divisões ideológicas: “Sou conservador porque... sou progressista porque...”. Mas onde está o Espírito Santo? Estai atentos que o Evangelho não é uma ideia, o Evangelho não é uma ideologia: o Evangelho é um anúncio que toca o coração e te faz mudar o coração, mas se tu te refugiares numa ideia, numa ideologia quer de direita quer de esquerda quer de centro, estás a fazer do Evangelho um partido político, uma ideologia, um clube de pessoas. O Evangelho oferece-te sempre esta liberdade do Espírito que age em ti e te leva em frente. E quanto é necessário hoje pegar pela mão a liberdade do Evangelho e deixar-nos levar em frente pelo Espírito.

Assim, o Espírito ilumina o caminho da Igreja, sempre. Com efeito, Ele não é apenas a luz do coração, é a luz que orienta a Igreja: ilumina, ajuda a distinguir, ajuda a discernir. Por isso, é necessário invocá-lo frequentemente; façamo-lo também hoje, no início da Quaresma. Pois, como Igreja, podemos ter tempos e espaços bem definidos, comunidades, institutos e movimentos bem organizados, mas sem o Espírito, tudo permanece sem alma. A organização não é suficiente: é o Espírito que dá vida à Igreja. Se não rezar a Ele e não o invocar, a Igreja fecha-se em si mesma, em debates estéreis e extenuantes, em polarizações desgastantes, enquanto a chama da missão se extingue. É muito triste ver a Igreja como se fosse um parlamento; não, a Igreja é outra coisa. A Igreja é a comunidade de homens e mulheres que acreditam e anunciam Jesus Cristo mas movidos pelo Espírito Santo, não pelas próprias razões. Sim, usa-se a razão mas vem o Espírito que a ilumina e move. O Espírito faz-nos sair, impele-nos a anunciar a fé, impele-nos para nos confirmarmos na fé, a ir em missão para reencontrarmos quem somos. Por isso, o Apóstolo Paulo recomenda assim: «Não extingais o Espírito!» (1 Ts 5, 19), não extingais o Espírito. Oremos com frequência ao Espírito, invoquemo-lo, peçamos-lhe todos os dias que acenda em nós a sua luz. Façamo-lo antes de cada encontro, para nos tornarmos apóstolos de Jesus com as pessoas que encontrarmos. Não extingais o Espírito nas comunidades cristãs nem dentro de cada um de nós.

Caros irmãos e irmãs, como Igreja comecemos e recomecemos do Espírito Santo. «Sem dúvida, é importante que nas nossas programações pastorais comecemos a partir das sondagens sociológicas, das análises, da lista de dificuldades, do elenco de expetativas e queixas. No entanto, é muito mais importante começar a partir das experiências do Espírito: eis o verdadeiro início. Portanto, é necessário procurá-las, enumerá-las, estudá-las, interpretá-las. Trata-se de um princípio fundamental que, na vida espiritual, é chamado primado da consolação sobre a desolação. Primeiro há o Espírito que consola, reanima, ilumina, se move; depois, haverá também a desolação, o sofrimento, a escuridão, mas o princípio para se regular na obscuridade é a luz do Espírito» (C.M. MARTINI, Evangelizzare nella consolazione dello Spirito, 25 de setembro de 1997).  Este é o princípio para se regular nas coisas que não se compreendem, nas confusões, inclusive nas muitas escuridões, é importante. Procuremos interrogar-nos se nos abrimos a esta luz, se lhe damos espaço: invoco o Espírito?  Cada um responda no próprio íntimo. Quantos de nós rezamos ao Espírito? “Não, padre, rezo a Nossa Senhora, rezo aos Santos, rezo a Jesus, mas às vezes, rezo o Pai-Nosso, rezo ao Pai” – “E ao Espírito? Tu não rezas ao Espírito, que é aquele que te faz mover o coração, que te leva em frente, te leva à consolação, leva em frente a tua vontade de evangelizar e de fazer missão?”. Deixo-vos esta pergunta: Rezo ao Espírito Santo?  Deixo-me orientar por Ele, que me convida a não me fechar, mas a levar Jesus, a dar testemunho do primado da consolação de Deus sobre a desolação do mundo? Nossa Senhora que compreendeu este bem nos faça entender isto.


Saudações:

Saúdo os fiéis de língua portuguesa, nomeadamente os peregrinos de Guimarães e os diversos grupos de alunos e professores vindos do Barreiro, Bragança, Carcavelos, Coimbra e Pinhal Novo. Hoje começa o tempo da Quaresma; enquanto fixamos o olhar em Cristo crucificado, convido-vos a rezar por todos aqueles que sofrem com as catástrofes naturais ou com as guerras. Ajudemo-los também com a nossa esmola. E assim seremos causa de consolação e alegria. Deus vos abençoe!


APELO

Estimados irmãos e irmãs,

depois de amanhã, 24 de fevereiro, completar-se-á um ano da invasão da Ucrânia, do início desta guerra absurda e cruel. Um triste aniversário! O balanço de mortos, feridos, refugiados e pessoas deslocadas, destruição, prejuízos económicos e sociais fala por si. Poderá o Senhor perdoar tantos crimes e tanta violência? Ele é o Deus da paz. Permaneçamos próximos do martirizado povo ucraniano, que continua a sofrer. E perguntemo-nos: foi feito todo o possível para pôr fim à guerra? Apelo aos que têm autoridade sobre as nações para que se comprometam concretamente a pôr fim ao conflito, a alcançar um cessar-fogo e a iniciar negociações de paz. Aquela construída sobre os escombros nunca será uma verdadeira vitória!


Resumo da catequese do Santo Padre:

Depois da Ressurreição, Jesus disse aos seus: «Ide e fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo». Fazer discípulos não significa doutrinar ou fazer prosélitos, mas, através do Batismo, mergulhar a vida de cada um na vida de Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Para conseguirem realizar esta missão, Jesus dá-lhes o Espírito Santo. Graças a Ele, vencem o medo que os mantinha trancados no Cenáculo; dali saem e conseguem mudar o mundo, dando a conhecer Jesus. É a força do Espírito que leva ao anúncio do Evangelho; Ele é o motor da evangelização. Lendo o livro dos Atos dos Apóstolos, reconhecemos que o protagonista do anúncio não é Pedro, Paulo, Estêvão ou Filipe, mas o Espírito Santo. É a Ele que os Apóstolos recorrem. A dada altura, reúnem-se em Jerusalém para reflectir se aqueles que não pertenciam ao povo judeu deviam ou não observar a Lei de Moisés. Apesar das sensibilidades e opiniões diversas, colocam-se à escuta do Espírito Santo e descobrem um princípio comum ainda hoje fundamental: qualquer tradição religiosa é útil, se facilita o encontro com Jesus. É o princípio do anúncio, ou seja, na Igreja tudo deve conformar-se ao anúncio do Evangelho, não a uma determinada linha dita mais conservadora ou mais progressista. E porque é o Espírito Santo quem ilumina o caminho da Igreja, deve ser invocado frequentemente, para que o ardor da missão não se apague, antes se intensifique na oração, e Jesus Cristo possa chegar à vida de todas as pessoas.

Copyright © Dicastero per la Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana

Navegação

  • Subsídios Pastorais
    • Catequeses de formação
    • Catequeses do Papa
      • 2024
      • 2023
      • 2022
      • 2021
      • 2020
      • 2019
      • 2018
      • 2017
      • 2016
      • 2015
      • 2014
      • 2013
      • 2012
      • 2011
      • 2010
  • Caminhada da Ressurreição
  • Jornada Mundial da Juventude
    • 2013
    • 2012
    • 2011
  • Mensagem do Bispo
    • Arquivo 2022
    • Arquivo 2021
    • Arquivo 2020
    • Arquivo 2019
    • Arquivo 2018
    • Arquivo 2017
    • Arquivo 2016
    • Arquivo 2015
    • Arquivo 2014
    • Arquivo 2013
    • Arquivo 2012
    • Arquivo 2011
    • Arquivo 2010
  • Arquivo de notícias
    • 2024
    • 2023
    • 2022
    • 2021
    • 2020
    • 2019
    • 2018
    • 2017
    • 2016
    • 2015
    • 2014
    • 2013
    • 2012
    • 2011
    • 2010
  • Arquivos Catequeses do Papa
    • 2024
    • 2023
    • 2022
    • 2021
    • 2020
    • 2019
    • 2018
    • 2017
    • 2016
    • 2015
    • 2014
    • 2013
    • 2012
    • 2011
    • 2010
  • Arquivos Voz Diocesana
  • Santuários
  • Instituto de Teologia
  • Congregações
    • Masculinas
    • Femininas
  • Escolas Católicas
  • Acervo Fotográfico
  • Biblia Sagrada CNBB
    • Antigo Testamento
    • Novo Testamento
Diocese São Miguel

Basílica da Penha

  • Primórdios Históricos
  • Criação da Paróquia
  • Santuário Nossa Senhora
  • Jubileu de Prata
  • Devocionário de N. S. da Penha
  • Programação da Basílica

Listas e acervos

  • Arquivo de notícias
  • Arquivos Voz Diocesana
  • Acervo Fotográfico
  • Santuários 
  • Escolas Católicas

Biblia Sagrada CNBB

  • Antigo Testamento
  • Novo Testamento

Congregações

  • Masculinas
  • Femininas

Copyright © 2025 – Diocese São Miguel Paulista. Todos os direitos reservados.
Praça Pe. Aleixo Monteiro Mafra, 11 – fundos - CEP. 08011-010 – São Miguel Paulista – SP
Acompanhe-nos: Instagram  |  Facebook